O que é?
A Indústria 4.0 consiste no uso de tecnologias como big data, robótica, internet das coisas, computação em nuvem e inteligência artificial para a melhoria dos processos e produtos, aumentando produtividade e competitividade das indústrias.
A adoção da Indústria 4.0 aumenta a eficiência do uso de recursos e no desenvolvimento dos produtos em larga escala.
De onde surgiu?
A Indústria 4.0 surgiu em 2012 na Alemanha a partir de um estudo feito por iniciativa do governo central que buscava manter a competitividade de sua economia em um novo cenário do mundo conectado e integrado.
Também chamada de Quarta Revolução Industrial, ela é a sucessão das outras três históricas revoluções industriais, a saber:
Primeira Revolução Industrial: consiste na transição de métodos artesanais de produção para a adoção das máquinas a vapor, de novos produtos químicos e dos processos de produção de ferro. Nesta época surgiram as máquinas a vapor, os teares e as ferrovias.
Segunda Revolução Industrial: é o surgimento da produção em massa, com a introdução da linha de produção e de seus métodos. Foi uma época em que surgiram várias indústrias e os conceitos de administração produtiva e onde os principais atores eram o aço, a eletricidade e o petróleo.
Terceira Revolução Industrial: responsável pela adoção de novos avanços no campo tecnológico da robótica, genética, informática, telecomunicações e eletrônica, com o surgimento da automação industrial e de máquinas e linhas de produção automatizadas.
Por que é importante?
Um dos motivos mais óbvios de adotar a Indústria 4.0 é o econômico. Existem diversos estudos de setores de classe e governos disponíveis mostrando o impacto em aumento de receitas e lucros. De acordo com a ABDI, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a Indústria economiza R$34 bilhões ano em ganhos de eficiência, R$31 bilhões ao ano em redução de custos de manutenção de máquinas e R$7 bilhões ao ano em economia de energia.
Contudo, o motivo mais central da adoção deve ser a mudança no mercado e na concorrência. À medida que novos produtos, mais tecnológicos, mais baratos e com maior qualidade cheguem ao mercado em velocidades cada vez maiores, qualquer indústria será forçada à mudança, independente do ramo de atividade ou do setor.
Como adotar a Indústria 4.0?
Dividimos a adoção da Indústria 4.0 em dois grupos distintos – a inovação na produção e a inovação no produto.
Quando falamos de produção, estaremos tratando de inovações nos métodos, processos e tecnologias para produzirmos melhor, com maior qualidade, com menores custos e mais rápido.
A inovação na produção contempla a Indústria 4.0 aplicada a tudo o que está relacionado a fábrica e contempla as seguintes iniciativas:
- Construir uma infraestrutura tecnológica de informação e comunicação na indústria (cloud computing);
- Coletar e armazenar os dados industriais de tempos e movimentos dos fluxos industriais (big data industrial);
- Coletar e trocar dados de máquinas e equipamentos (coleta de dados automática, IoT/IIoT, M2M);
- Processar os dados para obter visibilidade total do fluxo produtivo;
- Integração dos dados dentro da empresa entre departamentos e fora da empresa (supply chain);
- Adotar tecnologia de predição (planning, scheduling);
- Adotar sistemas de decisão automática (machine learning).
Já o domínio da Indústria 4.0 relacionado ao produto tem como escopo a colocação de um produto no mercado que utilize a tecnologia para gerar mais valor ao consumidor, contemplando os seguintes domínios:
- Incorporar interatividade com o usuário através de sensores e/ou atuadores;
- Conectar o produto com seus pares e com sistemas de retaguarda para operação, monitoramento e suporte;
- Compartilhar os dados do produto e suas interações;
- Transformar o modelo de venda do produto – vender a interação do produto, o uso do produto, os dados do produto e/ou o resultado do processamento dos dados do produto.
Em ambos os casos estas iniciativas se darão através da adoção de “Gêmeos Digitais” da produção e do produto e não haverá uma única tecnologia ou solução a ser usada, mas um conjunto delas construídas em um contexto de sua indústria, seu mercado e seu consumidor. É o processo de digitalização em prática, onde várias iniciativas “digitais” serão adotadas em ciclos de maturidade crescentes.